Permito-me qualquer sentimento, da alegria estontiante à raiva profunda, porém de vez em quando abro excessões para que a saudade tenha entrada negada.
É íncrivel como essa tal de saudade pode ser malvada; lembranças, memórias acumuladas, felizes e tristes, amor verdadeiro, um coração. Vem tudo de brinde.
Não que nao goste de lembrar, são tantos momentos felizes, bonitos que por mim, viveria de novo e de novo, porém é justamente por isso que fere, por não poder reviver tudo novamente, por não poder viver tudo no tempo que eu quero.
Bem que dizem que saber esperar, é uma dádiva. Dádiva da qual, eu não tenho em tamanha expansão, não.
Sei que é feio, mas dá vontade de mandar TOMAR NO CÚ! e mais alguns outros palavrões, mas sei também, que por mais linda e cruel que a saudade seja, não cabe subjugá-la ou tratá-la através de expressões tão baixas. Afinal de contas, fere, mas ajuda a crescer.
Com ela vivo, com ela vou viver, não me refiro somente a coisas ligadas ao coração, ao amor por outrem. Quem é que não tem um pinguinho de saudade, daquele minímo detalhe da infância?! Quem é que não queria o Sol quente do final de semana passado, em pleno final de semana chuvoso?! Até isso é saudade..
Se conseguimos viver, um dia de cada vez, sempre recordando com saudade, dessas pequenas coisas do nosso dia-a-dia e sobrevivermos, porque dizer que estou prestes a ''morrer de saudade'' se o que mais quero, é viver para que ela vá embora?
Nenhum comentário:
Postar um comentário