quinta-feira, 2 de julho de 2009

Malmequer

Na manhã breve
e soalheira,
uma abelhinha
esvoaçava pelo ar.
Carreira lá,
Carreira cá,
E assim, vai trabalhando,
sem cessar.

Uma flor linda
que ainda hoje abriu,
humildemente, olha o Sol.

Como criança titubeante,
Sente-se pequena, entontecida.
- Linda flor!
Diz-lhe a abelha enternecida.
- O Sol é de ouro,
mas tu és cor.
Tu és beleza infinda,
és um mundo novo
onde desponta a vida!

- Sou Malmequer!
Responde a florzinha.
- Tenho pena
de ser desfolhada
pra dar amor
no bem querer
e muito
duma Menina
que será bem amada.

Veio a Menina,
o amor
o Sol poente
e o lindo Malmequer.
Era tão branco
que em vez de desfolhado,
por amor,
foi por amor colhido.
Pra enfeitar
o lindo boquezinho
da Menina,
no dia em que seu noivo
a veio noivar.

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