Amor, de senha

Vamos brincar de contar segredos.

Eu começo!

Não devo, não nego e falo sempre que puder: amo você!

Não precisa guardar. Não precisa esconder nem trancar à sete chaves.

Pode gritar, pode estampar. Não nego e repito o quanto quiser.

Só falo baixinho no coração, pra ele guardar a minha voz com quatorze chaves, um cadeado e uma senha: a m o r.

Amava porque amei semana passada, amei ontem..

Você!

Ouvi falar, comecei a sentir

Já ouviu falar da noite pro dia? De dia pra noite? De um dia para o outro? De coisas que do nada, mudam ou se transformam?
Inacreditável! Como pode do nada algo mudar?
Me questionava ''É preciso tempo para uma certa tranformação, seja no que ou em quem for. Será?!''
Talvez sim, talvez não.
Depende do que vem de dentro e do que está entrando. Pensei chegar a esta conclusão e não chegar a lugar nenhum. Que coisa é essa?
Passa o tempo a gente descobre, chega de pensar. Coisa essa racional demais, pensa pensa e não pensa.
Esse negócio de mudança ouvia muito falar, e não acreditava. Até sentir.
Sentindo agora que.. acredito no que um dia falei ser inácreditável.
Em um dia e uma noite com mais de 24 horas, dá água pro vinho ou do vinho pra água. Mudou. Me mudou!

Sem pedra e sem gelo

De vez em quando o gelo quebra ou derrete;

De vez em quando o gelo some.

Vem uma massa de ar quente, unida à um fogo de devastar qualquer Amazônia.

É um fogo diferente, não queima e não mata. Só melhora a vida da gente.

De vez em quando junto ao gelo tem uma pedra;

O gelo some, a pedra.. que pedra?! A pedra recebe ordens para ir embora. É expulsa e é quebrada.

Sem pedra e sem gelo.

É tudo culpa do fogo e que suas chamas queimem cada vez mais fortes e mais altas e mais.. e mais.