segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mudanças são constantes

Até fevereiro, eram os meros 15 anos. Hoje são os meros 16.
Os anos vão passar, e vou continuar tendo os meros 17, os meros 18, os meros 30 anos.
Sempre haverá alguém mais velho.
Não importa sua idade, sempre terá alguém mais maduro e o que aprender.
Mudanças são constantes.
O horizonte é infinito, e na vida o bom é olhar esse além, sempre em frente; Você não corre o risco de tropeçar e não corre o risco de cair.
O bom de tudo é ser quem você é.
Antes mesmo de ser sincero com outrem, necessita ser consigo mesmo.
Tem gente que precisa de vários eus, pra ser quem é.
Idaí? Ela sendo ela, basta.
E se não for assim, os meros anos vão passar e um dia a máscara cai.


domingo, 11 de julho de 2010

Dois oito aos dezesseis


Quando pequena a garotinha só queria ter oito anos.
Logo depois, veio a vontade de ter uma década. Talvez fosse fantástico fazer dez anos, pra quem ainda tinha oito. Mas se fosse tão fantástico, porque chegou aos dez e a garotinha quis ter dezesseis?!
Passara um, dois, três, quatro anos e a garotinha estava feliz, prestes a completar quinze anos, ela já sentia-se grande; era como se fosse algo a mais, alguém a mais. Mas nada mudou.
Na verdade, ter quinze anos pra ela não bastava, ela queria era os sonhados dezesseis.
Com quinze anos o que passa na cabeça de uma menina?
Aquela garotinha, sonhava em ser livre. Sonhava em alcançar o topo, querendo sempre mais.
Mas o que você entede por liberdade? O que alguém entede por ser livre?
Aos quinze anos - quase dezesseis- ser livre talvez seja sair de casa, ir em baladas, virar a noite com os amigos. ''sex, drugs and rock'n roll''.
Aos cinquenta anos, talvez seja a calmaria do campo, ouvindo os pássaros cantarem, regado por uma bela aposentadoria.
Completados os tão esperados dezesseis anos, a garotinha se deu conta de que nada mudou, e que apenas um algarismo da sua idade modificou-se.
Começou a entender um pouco mais detalhado tais sentidos da vida. E que, por exemplo, não é a idade transforma a cabeça e sim a cabeça que pode transformar uma idade.
Quando começou a conseguir todas as futilidades que se passavam a um anos atras em sua cabeça, enxergou que o mundo gira muito além disto. Que contos de fadas só existem nos livros em que lia ao cinco anos, e que nunca gostou. Que pobreza e a fome do planeta vai muito além do que ela via nas ruas de São Paulo.
Pequena e com um grande coração, a garotinha desde sempre caridosa, só pensava em ajudar.
Passado dez meses de seu aniversário de dezesseis anos, com a cabeça um pouco mais madura e agora de olhos bem abertos, a bela não queria completar os dezessete que seriam sucedidos pelos dezoitos e acompanhado das tais responsabilidades que seus pais dizem desde que ela aprendeu a ler e escrever.
A garotinha descobriu que precisa viver cada momento no seu tempo. E descobriu que o que mais precisa e aprecia é a liberdade. Mas não essa liberdade de viver e enlouquecer, pensando que está conseguindo tudo e radicalizando por aí.
Ela descobriu que é a liberdade em que não importa se você é mais ou menos pro outro, na liberdade dela, todo mundo é igual. Na sua liberdade tem amor, há prazer. Ela sabe que por mais sujo que todo este mundo seja, no seu mundo e na sua liberdade o que sempre irá reinar é pureza.